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Professor diagnosticado com câncer é tratado por ex-alunos formados há mais de 15 anos: “Tranquilo e confiante”

No Dia do Professor, celebrado nesta quarta-feira (15), uma história comovente de São José do Rio Preto (SP) mostra como a educação pode transformar não apenas carreiras, mas também vidas inteiras.

 

Diagnosticado com câncer de próstata em 2023, o professor e pesquisador Luiz Carlos Mattos, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), viu o conhecimento que um dia transmitiu em sala de aula se tornar essencial em sua própria recuperação. Hoje, ele é tratado e acompanhado por ex-alunos — médicos formados há mais de 15 anos — que aprenderam com ele os primeiros passos na medicina.

 

Atento à saúde desde cedo, o docente contou que iniciou o acompanhamento urológico aos 40 anos, por ter casos da doença na família. Em 2022, os exames começaram a indicar alterações, e o diagnóstico foi confirmado no ano seguinte. O professor passou por uma cirurgia para remoção total do tumor em agosto de 2023 e, felizmente, não precisou de quimioterapia.

 

Mesmo diante do diagnóstico, Luiz Carlos manteve a serenidade. Segundo ele, o fato de ser cuidado por ex-alunos trouxe uma sensação de segurança e orgulho.

 

“Me senti muito tranquilo e confiante, pois sabia de antemão da competência dos profissionais. Não me sinto um paciente, mas um amigo. O respeito, o carinho e o comprometimento que demonstram me dão confiança e paz”, declarou o professor.

 

Entre os ex-alunos que hoje cuidam do docente está o oncologista Fábio Leite, formado na Famerp em 1995, que recebeu o convite com grande emoção.

 

“Foi uma honra poder tratar o câncer do meu ex-professor. Essa oportunidade representa uma forma de retribuir o que recebi em minha formação e expressar minha gratidão a ele e a todos os mestres”, afirmou.

 

Outro ex-aluno, o cardiologista Marcelo Nakazone, formado em 2006, também acompanha de perto o tratamento e o bem-estar cardiovascular do professor.

 

“Apesar da grande responsabilidade, cuidar de quem nos ensinou é um gesto de gratidão. É algo que carrego com muito respeito e emoção”, contou o médico.

 

Além da recuperação física, a história tem um significado simbólico profundo: mostra o ciclo completo do aprendizado e da vida.

 

“O professor Mattos nos marcou pela didática e pela paixão em ensinar. Hoje, também como docente, busco seguir seus passos e inspirar meus alunos como ele nos inspirou”, completou Fábio Leite.

 

Atualmente, Luiz Carlos segue lecionando e pesquisando, com saúde e esperança renovadas — cercado por profissionais que, um dia, foram seus alunos e hoje são exemplos vivos do poder transformador da educação.

 

Neste Dia do Professor, fica a lição: o conhecimento que compartilhamos tem o poder de voltar para nós, muitas vezes, da forma mais bonita e humana possível.

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