A Polícia Civil de Penápolis (SP) concluiu o inquérito sobre o assalto ocorrido em 5 de setembro a uma loja na região central da cidade, cometido por um homem armado com um revólver e que se passou por entregador. Segundo a investigação, conduzida pelo delegado Thales Eduardo Anhesini, o suspeito teria contado com o apoio de um comparsa, apontado como o mentor intelectual do crime. Ele teria emprestado ao autor a mochila de entregador e a arma usada no assalto, além de oferecer suporte logístico.
Ambos os investigados já foram presos, e o caso foi encaminhado ao Ministério Público, responsável por decidir se apresentará denúncia. Ao serem ouvidos, os dois negaram participação no crime.
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Como foi o assalto
O crime aconteceu a poucos metros da delegacia de polícia e foi registrado por câmeras de segurança. O autor chegou ao local pilotando uma moto Honda Titan vermelha, usando uma sacola de entregador nas costas. Ele entrou na loja ainda de capacete e, após sacar a arma da cintura, anunciou o assalto. Três mulheres que estavam no local foram empurradas de maneira violenta para outra sala.
Dinheiro e objetos levados
A investigação indicou que uma funcionária havia acabado de sacar dinheiro para pagamento das colaboradoras. No entanto, durante o assalto, ela disse ao criminoso que havia ido ao banco apenas para realizar um depósito e que não havia dinheiro no estabelecimento. Diante disso, o assaltante revirou gavetas e armários e fugiu levando cerca de R$ 300 em dinheiro, joias das vítimas e celulares da loja e das funcionárias. Um dos celulares foi encontrado jogado perto do local após o crime. O prejuízo total foi estimado em pouco mais de R$ 6 mil.
Identificação dos suspeitos
Com base nas imagens e no trabalho de inteligência do Setor de Investigação, a Polícia Civil conseguiu identificar o autor do assalto. As apurações também revelaram a participação do segundo investigado. Câmeras registraram o carro dele passando repetidamente pela loja e pela agência bancária onde uma das vítimas havia sacado dinheiro minutos antes do roubo.
O mesmo homem já vinha sendo investigado e tinha um mandado de busca expedido contra ele, cumprido no dia do assalto. Em sua residência, a polícia encontrou uma mochila semelhante à usada pelo assaltante, além de uma maleta para arma de fogo e munições de calibre .38, compatíveis com o revólver utilizado no crime.
O suspeito negou envolvimento, mas confirmou conhecer o executor por ter vendido uma moto a ele. Sobre a mochila, afirmou que teria trabalhado como entregador em São Paulo. Quanto às munições, disse ser CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) e negou ter emprestado sua arma, a qual não foi localizada. A polícia solicitou a suspensão do registro dele como CAC.
O investigado apontado como autor do roubo foi preso no dia 10, em Euclides da Cunha, na divisa com o Paraná. Ele também negou participação, alegando que acredita estar trabalhando em seu lava-rápido na data do crime.