Segundo relatos de funcionários da empresa terceirizada contratada pela prefeitura de Birigui, a situação estaria se tornando insustentável. No primeiro mês, os salários teriam sido pagos em partes, gerando dificuldades para algumas famílias. Já no segundo mês, denúncias apontam atrasos no pagamento, vale-alimentação fora do prazo e relatos de trabalhadores que ainda não teriam recebido nenhum valor.
De acordo com as informações obtidas, há insatisfação entre os funcionários, que dizem não ver ninguém assumindo responsabilidade. A empresa terceirizada, segundo relatos, teria apresentado justificativas consideradas insuficientes por alguns trabalhadores, enquanto a prefeitura, que optou pela terceirização, ainda não teria se manifestado publicamente sobre o caso.
Trabalhadores essenciais, que estariam expostos a jornadas pesadas, relatam condições que alguns classificam como humilhantes. A terceirização, que teria sido apresentada como “eficiente”, está sendo questionada por parte dos funcionários como uma forma de precarização.
A cidade de Birigui busca respostas sobre a situação. Chega-se a questionar, segundo especialistas e trabalhadores, se é adequado que a prestação de serviços essenciais dependa de condições que possam afetar a dignidade de quem realiza o trabalho.
Perguntas encaminhadas à Secretaria de Educação, Samanta Borini:
- Por que a senhora teria optado por encerrar processos seletivos públicos e preferido terceirizar?
- Como a prefeitura justifica a terceirização diante de relatos de atrasos nos salários dos funcionários da empresa contratada?
- Por que alguns terceirizados estariam recebendo ticket menor mesmo com jornadas superiores aos funcionários públicos?
- A senhora considera justo que a economia seja feita às custas da remuneração e dignidade dos trabalhadores terceirizados?
- Quem se beneficiaria dessa terceirização além da empresa contratada?
- De que forma a prefeitura fiscaliza o cumprimento dos direitos trabalhistas da empresa contratada?
- A senhora considera apropriado contratar uma empresa sem uma análise prévia detalhada sobre sua idoneidade?
Segundo informações recebidas até o momento, das mais de 90 funcionárias da empresa, apenas 25 teriam recebido o pagamento completo. Novas atualizações estão sendo acompanhadas e, conforme chegarem mais dados, serão divulgadas.
A situação indica, de acordo com alguns relatos, a necessidade de revisão administrativa da situação para evitar prejuízos aos trabalhadores.
O espaço segue aberto para manifestação da Prefeitura de Birigui e da SERFACIL, que poderão se posicionar oficialmente sobre as denúncias apresentadas. O Pô Birigui continuará acompanhando o caso e atualizando a população conforme novas informações forem confirmadas.