A Prefeitura de Birigui (SP) revogou oficialmente o Edital 042/2025 nesta terça-feira (15), após intensa mobilização de profissionais da educação, pais de alunos, moradores e apoiadores da causa. O documento previa a contratação de funcionários para funções essenciais nas escolas da rede municipal, porém com condições consideradas injustas — sem vínculo empregatício, sem direitos trabalhistas garantidos e com salários abaixo do mínimo aceitável.
Desde a publicação do edital, a reação foi imediata. Grupos se organizaram em abaixo-assinados, realizaram manifestações e usaram as redes sociais para denunciar a precarização das condições de trabalho propostas pela administração municipal.
Segundo os organizadores do movimento, a revogação representa mais do que o cancelamento de um processo seletivo: é uma conquista coletiva contra a tentativa de impor relações de trabalho precárias na educação pública.
“Essa vitória é da união, da resistência e da coragem de cada pessoa que não se calou. Educação não se faz com exploração, mas com respeito e valorização”, declarou uma das representantes do grupo mobilizado.
O edital revogado previa a contratação de trabalhadores sem vínculo empregatício formal, para atuar em funções como auxiliar de sala, monitor de alunos e outros papéis fundamentais no ambiente escolar. O modelo de contratação gerou indignação por não garantir direitos básicos como férias, 13º salário, estabilidade ou mesmo um salário digno.
A mobilização popular reforçou a importância da participação ativa da sociedade na fiscalização das decisões públicas.
A revogação foi publicada oficialmente no Diário Oficial, e a Prefeitura ainda não anunciou se haverá novo processo seletivo ou uma reformulação nas contratações.
A repercussão positiva da revogação acende o alerta: a população está atenta e disposta a lutar por dignidade e justiça, especialmente quando se trata de educação pública.
Que essa decisão sirva de aviso claro: a comunidade biriguiense não aceitará retrocessos disfarçados de economia. Educação de qualidade começa pela valorização de quem a faz.