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Prefeita de Auriflama processa ex-vereador por ofensas e reacende debate sobre limites da crítica política

AURIFLAMA – A tensão política que permeia o cenário nacional encontrou reflexo em Auriflama. A prefeita Katia Morita (MDB) ingressou com uma ação por danos morais contra o ex-vereador Gabriel Henrique Federice (União Brasil), nesta quinta-feira (17). O motivo: ofensas pessoais supostamente proferidas por ele em um grupo de WhatsApp e durante uma sessão da Câmara Municipal. Os áudios em questão teriam sido gravados no sábado (12).

O episódio acende discussões sobre os limites entre crítica política e agressão pessoal, especialmente em tempos de redes sociais polarizadas e debate público cada vez mais acalorado.

 

Áudios polêmicos: “safada”, “sem vergonha” e “pilantra”

 

Conforme a petição apresentada à Justiça, o estopim da ação foi uma troca de mensagens no grupo de WhatsApp “Patrimônio da Mata”, onde Gabriel teria reagido de forma agressiva a elogios feitos à prefeita após o Festival Sertanejo da cidade. Nos áudios, o ex-parlamentar teria se referido a Katia com termos como “safada”, “sem vergonha” e “pilantra da pior espécie”, além de afirmar que “não aceita pilantra dessa espécie no seu grupo”.

 

As falas não teriam se limitado ao ambiente digital. Segundo a prefeita, Gabriel também teria feito declarações ofensivas durante uma sessão pública da Câmara, acusando Katia e seu marido de serem “bandidos”. Os trechos constam na gravação da sessão, com destaque a partir dos 31 minutos e 24 segundos, conforme mencionado na ação.

 

Prefeita pede indenização e afirma: “Não se trata de crítica legítima”

 

Ao mover a ação, Katia Morita argumenta que as declarações ultrapassam o campo da crítica política e atingem diretamente sua honra e dignidade. Ela pede uma indenização de R$ 15 mil por danos morais.

“O direito à liberdade de expressão não pode ser confundido com autorização para ofensas pessoais. Como representante eleita do povo, tenho o dever de prestar contas, mas não de tolerar agressões contra minha dignidade”, afirmou em nota à imprensa.

 

A prefeita ressalta ainda que os ataques repercutiram de forma negativa junto à comunidade, foram feitos em espaços públicos e tiveram grande alcance, causando sofrimento pessoal.

 

Repercussão política divide opiniões

 

Até o momento, o ex-vereador Gabriel Federice não se pronunciou oficialmente. Nos bastidores, aliados do ex-parlamentar classificam a ação como uma tentativa de silenciamento. Já integrantes do governo municipal defendem o processo como uma medida legítima diante da escalada de ataques, especialmente contra mulheres na política.

 

A situação tem dividido opiniões entre moradores da cidade. Enquanto alguns apoiam a atitude da prefeita e destacam a importância da proteção à honra, outros veem com preocupação o uso da Justiça em situações de embate político, temendo que isso possa ferir a liberdade de expressão.

 

Redes sociais e o desafio do discurso político

 

O caso em Auriflama se soma a uma série de episódios que revelam os desafios do discurso político em tempos de redes sociais. Para especialistas, a facilidade de disseminação de mensagens e o tom acalorado dos debates tornam cada vez mais tênue a linha entre crítica legítima e ataques pessoais.

 

Enquanto a Justiça analisa o caso, Katia Morita segue à frente da administração municipal, que tem chamado atenção por obras de infraestrutura e articulações políticas fora da cidade — e agora também pelo protagonismo em um debate sobre ética, liberdade e respeito.

O Pô Auriflama segue acompanhando os desdobramentos e mantém o espaço aberto para manifestação do ex-vereador Gabriel Federice.

 

Fonte: Pô Auriflama

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