A prefeita de Birigui (SP), Samanta Borini (PSD), revelou, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (6), que a administração herdou uma dívida de R$ 100 milhões com fornecedores, que não recebem desde maio do ano passado. Com a inclusão dos valores a vencer, o total da dívida chega a R$ 180 milhões.
De acordo com a prefeita, dessa quantia, R$ 80 milhões possuem vencimento a longo prazo, sendo que R$ 24 milhões devem ser pagos ainda em 2025. Para tratar dessa situação, Samanta anunciou que será formada uma comissão pela Secretaria de Finanças, que irá convocar os fornecedores para discutir um pagamento parcelado. “Vamos fazer um estudo, analisando tudo o que estava em aberto, para resolvermos as pendências com todos os fornecedores”, afirmou.
Voto de confiança
Durante a coletiva, o vice-prefeito Marcelo Parizati pediu paciência e apoio tanto da população quanto dos fornecedores, destacando que o problema financeiro enfrentado pela Prefeitura é complexo e não será resolvido rapidamente. “Não conseguiremos colocar tudo em ordem no primeiro ou no segundo mês. Isso é um trabalho contínuo de gestão. Vamos administrar essa dívida de R$ 180 milhões, mas nosso orçamento não comporta todas as obrigações que precisamos cumprir”, explicou.
Parizati acrescentou que o momento é de avaliar e agir com cautela, sem comprometer prazos para o pagamento, embora tenha garantido que a Prefeitura buscará regularizar a situação. “Podemos afirmar que vamos solucionar o problema, o mais rápido possível”, disse.
Cobranças e prioridades
O vice-prefeito também relatou que, desde que a nova administração assumiu, alguns fornecedores já informaram que, caso os pagamentos atrasados não sejam feitos, suspenderiam os serviços prestados ao município. No momento, a prioridade é quitar os salários dos servidores, uma vez que também há dificuldades financeiras para cobrir a folha de pagamento completa. Por isso, os salários serão pagos de forma escalonada.
“Até agora, quatro ou cinco fornecedores nos avisaram sobre a possibilidade de suspensão de serviços. Estamos tentando negociar os débitos e prometendo que resolveremos a situação, embora não possamos precisar valores ou datas. Nosso compromisso é atender todos os fornecedores, não apenas aqueles que nos pressionaram”, finalizou Parizati.
