Mensagens encontradas no celular de um homem preso no início de maio, suspeito de ser membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e chefe do tráfico de drogas no bairro Mão Divina, em Araçatuba (SP), ligam representantes do partido Progressistas à locação de um ônibus para uma manifestação em Brasília. O ato, ocorrido em 29 de abril, protestava contra o fim das saídas temporárias de presos.
A “Operação Ligações Perigosas”, deflagrada em 6 de setembro pela Polícia Civil e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), cumpriu 35 mandados de prisão e 104 de busca e apreensão. Um dos focos da operação é investigar a possível infiltração do PCC na política local. As buscas foram realizadas em endereços ligados a três homens associados ao partido, que tem candidato a prefeito nas eleições deste ano.
O líder do tráfico de drogas foi preso em flagrante no início de maio, e, ao analisar seu celular, a polícia descobriu um grupo de WhatsApp com supostos integrantes do PCC e pessoas envolvidas na manifestação. Entre as mensagens, o nome de uma pessoa ligada ao Progressistas aparece em discussões sobre a organização dos ônibus para o protesto, levantando suspeitas sobre a conexão entre o partido e a facção criminosa.
Além das mensagens, a investigação revelou que outro investigado, o vereador Antônio Edwaldo Costa (União Brasil), teria doado 96 copos de água para o ônibus que saiu de Araçatuba. Costa foi alvo de mandado de busca e apreensão, sendo preso em flagrante com uma arma de numeração raspada, mas foi liberado após pagar fiança. A investigação segue em andamento, sem nomes divulgados oficialmente, e pode impactar o cenário político nas eleições municipais de Araçatuba.
Fonte: Hojemais Araçatuba/Agência Trio Notícias