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Quando o “poder” não gosta de ser questionado

Por Fabiano Amadeu

 

Em muitas cidades, inclusive nas pequenas, ainda existe um tipo de poder que se incomoda com quem pensa diferente. Um poder que não aceita críticas, que não suporta a fiscalização de vereadores e que trata o diálogo com o povo como um incômodo, não como obrigação.

 

Esses governos – muitas vezes travestidos de democráticos – se revelam quando alguém ousa cobrar, fiscalizar ou simplesmente perguntar. A resposta quase sempre vem em forma de perseguição, retaliação, silêncio ou exclusão. É o velho “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, versão 2025.

 

Durante a campanha, o discurso é outro: sorriso fácil, promessas de escuta, reuniões com a comunidade, palavras bonitas sobre transparência e união. Mas, após eleitos, o que prevalece é o que o “coroné” quer. E quem ousar questionar, vira inimigo.

 

O servidor que opina é calado. O vereador que fiscaliza é tratado como opositor. O cidadão que reclama é ignorado. E, no meio disso tudo, a cidade para. As decisões passam a servir a poucos, não à população.

 

Mas vale lembrar: democracia não é silêncio. É debate, é divergência, é cobrança. Um governo que se sente ameaçado por questionamentos está, na prática, se comportando como um mini-ditador — e isso é perigoso. Porque quando o poder não tem limite, quem sofre é o povo.

 

Governar não é mandar, é servir. Prefeito, prefeita, vereador, secretário… todos são funcionários públicos pagos pelo cidadão. Quando esquecem disso, o poder sobe à cabeça e a cidade desce ladeira abaixo.

 

Fica a reflexão: será que vivemos numa democracia de verdade ou apenas numa encenação, onde o povo só tem voz de quatro em quatro anos?

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