O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem informado a aliados que não pretende concorrer à Presidência da República em 2026. Segundo interlocutores, a decisão se baseia na percepção de uma direita fragmentada e na atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na articulação das sanções dos Estados Unidos ao Brasil, que, na avaliação de Tarcísio, acabou fortalecendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O foco do governador está na reeleição ao governo paulista. Além da divisão do campo conservador, ele considera arriscado depender do apoio da família Bolsonaro para viabilizar uma candidatura nacional. Caso fosse disputar o Planalto, precisaria deixar o cargo em abril de 2026, o que aumenta a incerteza política e pessoal.
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No passado, Tarcísio chegou a alertar Eduardo Bolsonaro sobre os impactos do tarifaço norte-americano, prevendo que beneficiaria Lula, mas o deputado manteve ataques ao governador e segue firme em sua intenção de concorrer.
Tarcísio também reafirma lealdade ao Republicanos e ao ex-presidente Jair Bolsonaro, com quem deve se encontrar em prisão domiciliar em 29 de setembro, sem tratar de eleições. Com sua desistência, cresce nos bastidores a força do governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), considerado o plano B da direita, que tem ampliado apoios e se aproximado do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.