A cada ano cresce o número de crianças diagnosticadas com transtornos como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade) ou TEA (Transtorno do Espectro Autista). Para muitos pais e professores, a linha entre a energia típica da infância e um possível transtorno parece cada vez mais tênue. Especialistas alertam: pular, correr, explorar e se empolgar não é doença, é desenvolvimento normal. O que deve chamar atenção não é a agitação em si, mas o sofrimento real e o prejuízo consistente que a criança pode apresentar em casa, na escola ou nas relações sociais.
TDAH: mais que agitação
O TDAH é classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento. O diagnóstico, segundo manuais clínicos e diretrizes internacionais, exige padrões persistentes de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade por pelo menos seis meses, iniciados ainda na infância, presentes em dois ou mais ambientes (como escola e casa) e acompanhados de prejuízo funcional significativo.
Não existe exame único que confirme o diagnóstico. A avaliação envolve entrevista clínica, questionários padronizados aplicados a pais e professores e rastreamento de comorbidades, como ansiedade, distúrbios de aprendizagem, problemas de sono, de visão e de audição.
Pesquisas internacionais também alertam para o chamado efeito da idade relativa: crianças mais novas dentro da mesma turma escolar têm mais chances de receber diagnóstico de TDAH e de serem medicadas. Nesses casos, muitas vezes a imaturidade normal do desenvolvimento pode ser confundida com sintomas.
Como tratar
Entre crianças em idade pré-escolar (até 5 anos), especialistas recomendam que a primeira linha de cuidado seja intervenção comportamental com apoio a pais e professores. A medicação só deve ser considerada em casos moderados ou graves, e apenas após tentativa consistente de outras estratégias.
Para escolares e adolescentes, a abordagem combina estratégias psicossociais — como rotina estruturada, manejo em sala de aula e suporte pedagógico — e, quando indicado, medicação sob monitoramento cuidadoso de eficácia e segurança.
Autismo: diagnóstico não significa “remédio”
O TEA é caracterizado por dificuldades persistentes de comunicação e interação social, além de comportamentos restritos e repetitivos. O diagnóstico é clínico e deve ser feito por profissional capacitado, de preferência com apoio de instrumentos padronizados, como ADOS-2 e ADI-R, em conjunto com avaliação multiprofissional que pode envolver fonoaudiologia, psicologia, neuropsicologia e pedagogia.
Não existe medicamento que “cure” o autismo. O foco está na intervenção precoce, no apoio educacional e no fortalecimento da rede familiar.
Triagem, diagnóstico e Espaço Essence
A triagem serve para identificar risco, mas não substitui avaliação diagnóstica. Nos Estados Unidos, a Academia Americana de Pediatria recomenda triagem universal para autismo aos 18 e 24 meses. No Brasil, a Lei 13.438/2017 tornou obrigatória a aplicação de protocolos padronizados de avaliação de risco no SUS, como o M-CHAT-R/F, disponível também na Caderneta da Criança e no aplicativo Meu SUS Digital.
Para quem busca uma avaliação completa e integrada, o Espaço Essence oferece cuidado multiprofissional, considerando família, escola e relações da criança:
Diferenciais da Psicoterapia Infantil no Espaço Essence:
✔ Orientação parental mensal
✔ Acompanhamento do desenvolvimento na escola
✔ Conversa com professores e observação em sala, quando necessário
✔ Trabalho conjunto com a família
Outros serviços disponíveis:
Neuropsicóloga – avaliações e testes
Psicopedagoga e Neuropsicopedagoga – apoio no processo de aprendizagem
Psicanálise – adolescentes e adultos
Hipnose clínica
Terapias integrativas – reiki, aromaterapia, cromoterapia, dança circular
Reforço escolar – do infantil até preparação para vestibular/ENEM
Espaço Essence – acolhimento, escuta e transformação. Agende uma visita gratuita: (18) 99108-0268
Quando a agitação preocupa?
Nem toda criança agitada precisa de consulta médica. Especialistas orientam buscar ajuda quando os sinais de alerta incluem:
Sofrimento significativo da criança ou da família;
Prejuízo nas relações sociais;
Dificuldade extrema de seguir rotinas e instruções simples;
Baixa autoestima por sentir-se “a problemática”;
Impulsividade que gera riscos reais de segurança.
Nem tudo é TDAH ou Autismo
Alguns fatores podem imitar ou agravar sintomas:
Distúrbios de sono, como apneia;
Problemas de audição ou visão;
Ansiedade e depressão;
Transtornos de linguagem e de aprendizagem;
Condições médicas (deficiência de ferro, epilepsia, tireoide);
Uso de medicamentos;
Estresse tóxico, trauma ou ambientes escolares pouco inclusivos.
Avaliação multiprofissional: a chave do diagnóstico
Pediatra: acompanha crescimento, audição, visão, sono e saúde geral.
Psicologia/Neuropsicologia: entrevistas, escalas e perfil cognitivo.
Fonoaudiologia: avaliação da linguagem e comunicação social.
Escola: registro do comportamento e desempenho.
Outros especialistas: conforme necessidade (neuropediatria, psiquiatria infantil, terapia ocupacional).
Esse arranjo aumenta a precisão diagnóstica e direciona intervenções eficazes.
Medicação: recurso, não destino
A medicação pode ser útil em casos específicos, mas nunca deve ser a primeira opção. Em pré-escolares, recomenda-se priorizar intervenções comportamentais; em crianças maiores e adolescentes, o uso combinado com suporte psicossocial pode ser indicado, sempre com monitoramento contínuo.
Em resumo
Energia não é doença: correr e explorar é parte do desenvolvimento infantil.
Sinais de alerta justificam avaliação, não a agitação por si só.
Diagnóstico multiprofissional evita rótulos precipitados.
Autismo e TDAH não têm cura com remédio, mas há tratamentos e intervenções que oferecem qualidade de vida e inclusão.
Serviço ao leitor:
Pais e professores que desconfiarem de dificuldades significativas podem procurar orientação junto a Espaço Essence, pediatras e equipes multiprofissionais de saúde.