A saúde pública de Birigui enfrenta mais uma grave crise. Técnicos de enfermagem que atuaram como cooperados da Vida Coop, prestando serviços para a Prefeitura Municipal, denunciam que estão sem receber salários desde o mês de maio, mesmo após várias tentativas de cobrança.
Profissionais relatam situações críticas de sobrevivência, com dificuldades para pagar contas básicas.
“Eu não tenho mais gasolina nem arroz dentro de casa” — desabafa uma técnica em uma das mensagens enviadas à cooperativa.
Segundo os relatos, a Vida Coop afirma que ainda não recebeu o repasse da Prefeitura de Birigui, impedindo assim o pagamento aos trabalhadores. No entanto, há contradições:
“Entrei em contato com a prefeitura e me disseram que não há repasse em atraso com a cooperativa”, diz uma profissional revoltada.
Nos grupos de WhatsApp, o clima é de indignação. Técnicos relatam que ninguém da equipe recebeu até agora, mesmo tendo cumprido suas escalas normalmente. A falta de resposta clara tem levado muitos à mobilização.
“Já denunciamos no Coren, no Ministério do Trabalho e no Reclame Aqui. Já passou da hora de fazer alguma coisa”, escreveu uma técnica.
“Estou em contato com a TV TEM pra expor tudo isso”, completa outra.
Enquanto isso, dezenas de trabalhadores seguem sem receber por um serviço essencial já prestado. A situação escancara o descaso com profissionais da linha de frente da saúde e levanta sérias dúvidas sobre a gestão dos contratos terceirizados na área da saúde de Birigui.
Até o momento da publicação, nem a Prefeitura de Birigui nem a Vida Coop apresentaram uma explicação oficial.
