Um homem de 29 anos foi preso em flagrante pela Polícia Militar de Birigui, na manhã desta segunda-feira (9), acusado de atear fogo em uma residência no bairro Monte Líbano. O imóvel pertencia à sua tia, uma mulher de 38 anos, que já possuía medidas protetivas contra o suspeito. O caso, registrado como incêndio criminoso e ameaça, está sob investigação da Polícia Civil.
A Polícia Militar foi acionada via COPOM para atender a ocorrência de incêndio. Ao chegarem ao local, as equipes encontraram o Corpo de Bombeiros já combatendo as chamas. A proprietária da casa informou aos policiais que havia uma Medida Protetiva de Urgência contra o sobrinho, devido a uma relação familiar conflituosa. Ela também revelou que o homem já havia a ameaçado de incendiar a casa antes de retornar para a Bahia.
Uma testemunha, também parente do suspeito, relatou à polícia que o ajudou a se deslocar para um ponto de embarque. Antes de partir, o homem teria feito uma declaração perturbadora: “às vezes essa casa pode estar pegando fogo”. Pouco tempo depois, vizinhos notaram o incêndio e acionaram os bombeiros.
Com as informações, os cabos Pompéia e Lopes se dirigiram ao posto de combustível onde o suspeito aguardava um ônibus com destino à Bahia. Apesar de negar os fatos, o homem demonstrou agitação ao ser informado de sua condução à Delegacia, sendo necessário o uso de algemas para garantir a segurança.
Na delegacia, a vítima reafirmou que o sobrinho vinha a ameaçando e que o imóvel incendiado era motivo de disputas familiares após o falecimento da matriarca da família. Ela apresentou um vídeo da residência em chamas.
A testemunha, que informou o paradeiro do suspeito, expressou temor por represálias de outros familiares, motivo pelo qual optou por repassar as informações apenas à Polícia Militar. Ela também detalhou o histórico de desentendimentos entre os envolvidos, que se intensificaram após a morte da avó do suspeito, gerando um conflito pela herança do imóvel.
Diante dos fatos, o delegado de plantão decretou a prisão em flagrante do suspeito por incêndio doloso, com base no artigo 250 do Código Penal. A autoridade policial também requisitou perícia no local e solicitou a prisão preventiva do acusado, justificando o risco concreto à integridade física da vítima e a reincidência das ameaças.
Fonte: Birigui Notícias da Hora