Por Cássio Betine
Já imaginou um futuro onde a inteligência artificial não apenas entende nossos comandos, mas também programa sozinha? Essa realidade já está aí, transformando o universo da tecnologia e deixando muita gente se perguntando: será que os profissionais da área de TI vão perder espaço? Bem, a resposta está longe de ser simples, mas é cheia de nuances interessantes.
Primeiro, vamos falar sobre o impacto dessas ferramentas, digamos, mágicas, como Copilot e ChatGPT, que além de criar imagens, textos, vídeos, apresentações entre outras coisas, criam também códigos completos (e complexos) de programas, e ainda são muito bons e rápidos. Parece assustador? Talvez. Mas o ponto é que, mesmo sendo incríveis, essas IAs ainda não são capazes de criar esses sistemas sem supervisão humana – precisa ter um cara atrás da tela que passa as instruções, o comando. Então, sim, por enquanto elas precisam da nossa orientação e ajustes para funcionar direitinho. Ou seja, os programadores não vão simplesmente desaparecer, mas sim evoluir para algo além. Talvez a palavra não seja mais “programador”, considerando que qualquer um, que tenha um bom vocabulário e articulação, possa “solicitar” que uma IA crie um determinado tipo de programa para algum determinado tipo de finalidade.
A grande sacada aqui é que a IA não está acabando com as profissões de tecnologia, e sim transformando o que elas significam. O futuro desses profissionais pode ser menos sobre ficar quebrando a cabeça com código e mais sobre desenhar estratégias criativas, solucionar problemas de forma ética e usar a IA de um jeito que faça sentido. Imagina só: o profissional não será apenas um programador, mas um gestor de programação, um designer de experiências humanas ou até um estrategista digital. E claro, com domínio e conhecimento das IAs.
E se a questão ética ainda não cruzou sua mente, é hora de pensar nisso. Com a IA assumindo funções mais avançadas, surgem dilemas sobre privacidade, segurança, discriminação algorítmica e tantas outras demandas decorrentes da evolução do comportamento social. Esses desafios são justamente o que torna a presença humana indispensável. Quem mais poderia trazer aquele “toque humano” para fazer tecnologia e humanidade caminharem juntas? Então relaxe, os humanos ainda são necessários – pelo menos por enquanto.
Falando nisso, devemos considerar (para qualquer área) que a IA não é uma rival, é uma parceira poderosíssima. Ao automatizar tarefas chatas, ela libera espaço para que os profissionais se foquem naquilo que mais importa: inovar e criar. A colaboração entre humanos e máquinas será o padrão do futuro, e com isso, o papel dos especialistas em tecnologia só tende a crescer.
No fim das contas, acredito que os avanços da inteligência artificial não são um fim, mas um começo para uma nova era de possibilidades. Apesar de incomodar muita gente, se adaptar e abraçar essa evolução será a chave para prosperar nesse cenário. Afinal, a tecnologia não substitui o humano, substitui os acomodados e conformados. Na verdade, é bem claro que ela tem o poder de amplificar nosso potencial. Nesse estágio atual das IAs, os profissionais de tecnologia ainda têm mais do que um lugar garantido: eles têm a chance única de serem os protagonistas dessa revolução digital. Mas daqui 50 ou 100 anos, vai saber! Então, é bom decidir qual grupo quer fazer parte.