O funcionário público estadual Diogo César, de 40 anos, procurou a reportagem para denunciar o que chama de “fábrica de multas” em uma rotatória movimentada de Araçatuba, localizada no cruzamento das avenidas Baguaçu e Pompeu de Toledo. Segundo ele, em horários de pico, com o trânsito intenso, respeitar totalmente a sinalização se torna praticamente impossível.
Diogo afirma que agentes de trânsito se posicionam estrategicamente no local para autuar motoristas por avanço de parada obrigatória, sem levar em conta as condições reais do tráfego. “Se eles nos ensinarem como atravessar aquela rotatória sem avançar um pouco o pare no horário de pico, a gente agradece”, ironizou.
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Em apenas quinze dias, ele relata ter recebido duas multas no mesmo ponto: uma enquanto dirigia e outra com sua esposa ao volante. Ambas as infrações foram pelo mesmo motivo: avanço da parada obrigatória. Diogo conta que tentou dialogar com o secretário de Mobilidade Urbana e outro servidor da Prefeitura, mas não obteve retorno satisfatório. “Consideraram que estava tudo certo e nem se preocuparam em ouvir”, criticou.
Resposta da Prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Araçatuba informou que são registradas cerca de 4 mil autuações mensais, em parceria com a Secretaria de Mobilidade Urbana, a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Polícia Militar. Sobre a educação no trânsito, destacou ações educativas, como a campanha recente sobre o respeito à faixa de pedestres, divulgadas no site oficial e nas redes sociais.
A administração ressaltou ainda que, embora o Código de Trânsito Brasileiro não exija abordagem para emissão de multa, ela é realizada sempre que possível. Sobre a escolha dos pontos de fiscalização, a Prefeitura afirmou que os locais são definidos com base em monitoramento dos agentes, análise de dados e outros fatores, como condições dos veículos, documentação e casos de embriaguez ao volante.
Fonte: Folha da Região
