Esse termo abrange uma ampla gama de habilidades e conhecimentos. Inclui a capacidade de usar dispositivos e softwares, como computadores, smartphones, aplicativos, ferramentas online e, atualmente, e com muita expressão, as inteligências artificiais. Também envolve, para aqueles que gostam de avançar um pouco mais, a compreensão de conceitos de redes computacionais, segurança digital, privacidade cibernética, etc. Implica ainda um certo senso crítico, como a capacidade de avaliar a credibilidade das informações encontradas online e de entender as implicações éticas e sociais do uso dessas tecnologias.
Não é novidade para ninguém que o mundo está cada vez mais digital, portanto, esse tipo de alfabetização se tornou essencial para a vida cotidiana e profissional de cada cidadão. Essas habilidades permitem que as pessoas participem plenamente da engrenagem socioeconômica, considerando que praticamente tudo ao nosso redor conta com a presença de algum tipo de tecnologia, seja na comunicação interpessoal, no trabalho ou no entretenimento.
Um exemplo bem factível para entendermos como isso é importante e afeta nossas vidas, são os golpes cibernéticos praticados por criminosos que conseguem tirar dinheiro das vítimas usando diversos recursos digitais. Eles vasculham informações relevantes de pessoas que expõem suas rotinas nas mídias sociais, emulam áudio e vídeo para simular alguém da família para chantagear, criam sites e contas falsas para vender produtos que jamais entregarão, e por aí a fora. E quando a vítima não tem afinidade com o uso desses recursos, a possibilidade de serem enganadas é bem alta.
No mercado de trabalho não é diferente. Quem não tiver conhecimento mínimo sobre o uso desses recursos ficará, com certeza, em desvantagem em relação àqueles que tiverem. Segundo um estudo realizado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) em parceria com o Núcleo de Inovação, Inteligência Artificial e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC), os trabalhadores deverão desenvolver habilidades em IA para se adequarem às demandas do mercado. O relatório mostra que no Brasil, 53% dos empregadores escutados indicam que conhecimentos em IA e Big Data serão áreas prioritárias de requalificação nos próximos anos e afirma que nove em cada dez empresas no país planejam aprimorar as habilidades da sua força de trabalho com foco em IA, Big Data, pensamento crítico, alfabetização tecnológica e lógica geral nos próximos 5 anos.
A importância dessa pauta é evidente e fundamental – principalmente para os jovens, porém, todos precisamos estar atentos sobre as novidades dessas tecnologias, que são onipresentes e avançam de forma extremamente rápida. É uma questão de sobrevivência. Neste momento, romantizar esse tipo de assunto não é uma opção. Quem não aderir ao uso dessas ferramentas, poderá perder oportunidades e, de certa forma, ter uma vida social menos participativa. Isso tudo é apenas a evolução natural das coisas.