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Nome de Bolsonaro aparece em 1º lugar em concurso para professor

O nome de Jair Messias Bolsonaro surgiu em primeiro lugar na lista de classificados para uma vaga de professor de Educação Física na rede municipal de ensino fundamental de São Mateus (ES). As autoridades investigam se trata-se de um homônimo ou de uma fraude envolvendo o uso indevido do nome do ex-presidente.

 

O que aconteceu?

 

Na ficha de inscrição da Secretaria Municipal de Educação, consta que o candidato tem 29 anos e apresenta licenciatura plena em Educação Física, cursos em educação de campo e registro no Conselho Regional de Educação Física do Espírito Santo (CREF-ES). O edital para a contratação temporária de professores foi divulgado na segunda-feira (27), e Jair Messias Bolsonaro apareceu no topo da lista, com 75 pontos.

 

Para participar do processo seletivo, os candidatos deveriam apresentar documentos pessoais por meio do site da prefeitura. No entanto, com a divulgação da classificação, surgiram questionamentos sobre a identidade do candidato e a possibilidade de falsificação de documentos.

 

Investigação e posição das autoridades

 

O secretário de Educação de São Mateus, Edson Pirola, afirmou que já foram tomadas providências para investigar o caso e punir os responsáveis. “É uma tremenda falta de respeito com todos. Já sabemos que essa pessoa agiu de má-fé, usou documentos falsos, o que configura falsidade ideológica. Nossa equipe já registrou um boletim de ocorrência e tomaremos as medidas cabíveis”, declarou.

 

O Conselho Regional de Educação Física do Espírito Santo (CREF-ES) também se pronunciou, afirmando que não há nenhum registro ativo para atuar na profissão em nome de Jair Messias Bolsonaro no estado.

 

Especialistas debatem legalidade do processo

 

A repercussão do caso levantou um debate entre especialistas sobre a segurança do processo seletivo. Henrique Herkenhoff, pós-doutor em Administração Pública pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), afirmou que a seleção em si não deve ser suspensa, mas é necessário averiguar a autenticidade dos documentos. “Qualquer pessoa pode falsificar documentos e submetê-los ao sistema. Cabe ao órgão verificar a veracidade das informações antes da contratação”, explicou.

 

Por outro lado, Renan Gobbi, especialista em Direito Civil e Processo Civil, alertou sobre a fragilidade do sistema de seleção. “O fato de um candidato conseguir se inscrever e chegar ao primeiro lugar sem que haja uma checagem inicial demonstra falhas no processo. Isso abre margem para questionamentos e coloca em dúvida a segurança da seleção”, pontuou.

 

A Prefeitura de São Mateus informou que continuará apurando o caso para garantir a lisura do processo seletivo.

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