A Justiça de Birigui (SP) condenou um médico da cidade a 16 anos e 4 meses de prisão por estupro de vulnerável, acusado de ter passado a mão no corpo de uma menina de 9 anos, durante uma brincadeira na piscina de sua casa. A vítima é sobrinha da esposa do médico. A sentença, proferida pela 1ª Vara Criminal de Birigui na última segunda-feira (3), determinou o regime inicial fechado para cumprimento da pena, mas concedeu ao réu o direito de recorrer em liberdade.
O caso ocorreu em 14 de janeiro de 2022, em um condomínio de alto padrão em Birigui. Segundo o Ministério Público, a denúncia foi feita apenas em abril, após o pai da vítima procurar a polícia. Houve suspeitas de tentativa de extorsão por parte do pai da menina, que teria pedido dinheiro ao médico para não denunciar o caso.
Em depoimento, o médico afirmou que não teve intenção de cometer ato libidinoso e que o incidente teria sido um acidente. No entanto, a Justiça considerou as provas apresentadas, incluindo uma confissão feita à mãe da vítima e o pedido de desculpas do réu. A condenação foi baseada na denúncia do Ministério Público, que ressaltou a gravidade das consequências do crime e pediu o agravamento da pena pelo fato da vítima ser sobrinha do réu.
Medidas cautelares e protetivas, incluindo a entrega do passaporte do médico à Polícia Federal e a proibição de contato com a vítima, foram mantidas. A decisão destacou que, apesar das tentativas de extorsão pelos pais da vítima, as provas confirmaram a prática do crime pelo acusado.