A Justiça de Birigui, no interior de São Paulo, acatou o pedido da Polícia Civil e decretou a prisão preventiva do casal acusado de participação no brutal assassinato de Jimmy Pereira da Silva, 21 anos, e Caroline Batista Froes, 22. Os corpos das vítimas foram encontrados enrolados em um cobertor, com cortes no pescoço, na manhã de 23 de novembro de 2023, na residência do casal investigado.
Os investigados, que estavam detidos temporariamente, participaram da reconstituição dos crimes no dia 10 deste mês. No entanto, o delegado Eduardo Lima de Paula, responsável pelo inquérito, concluiu que a companheira do acusado de ser o autor do assassinato teria participado ativamente dos homicídios, contrariando a alegação da defesa.
Com a conclusão do inquérito, o Ministério Público agora decidirá sobre a denúncia contra os investigados. Se a denúncia for acatada pela Justiça, eles se tornarão réus e poderão ser julgados pelo Tribunal do Júri.
Os corpos das vítimas foram encontrados na casa dos acusados, que moravam em uma edícula nos fundos da residência do pai da mulher agora com prisão preventiva decretada. A descoberta ocorreu após familiares dos investigados receberem um telefonema do acusado de ser o autor dos crimes, pedindo ajuda e confessando os assassinatos.
A investigada se apresentou à polícia acompanhada de um advogado, negando qualquer participação nos assassinatos ou na ocultação dos corpos. A versão apresentada foi de que aceitou fugir com o companheiro devido ao estado de choque.
O acusado foi preso no Paraguai, para onde havia fugido, e ao prestar declarações à polícia de Birigui, confirmou a versão dada pela companheira. No entanto, durante a reconstituição do crime, ele tentou assumir sozinho a autoria, excluindo a responsabilidade da mulher.
A polícia apurou que o casal investigado teria encontrado as vítimas em um barzinho da cidade na noite do dia 21 de novembro. Após consumirem drogas e bebidas alcoólicas, o grupo seguiu para a residência do casal, onde os assassinatos teriam ocorrido.
Segundo a versão dos acusados, durante a madrugada, Jimmy teria tentado manter relação sexual com a moradora da casa, provocando uma reação violenta por parte do companheiro dela. Caroline, ao presenciar o crime, teria sido morta por ameaçar chamar a polícia.
A defesa da investigada contesta a necessidade da prisão preventiva, alegando que as investigações não indicam sua participação nos homicídios. O advogado André Doná informou que já ingressou com um pedido de habeas corpus pela revogação da prisão e aguarda a manifestação do Ministério Público sobre uma possível denúncia. “A defesa entende que não há qualquer motivo para mantê-la presa, pois ela contribuiu com as investigações de forma espontânea”, argumenta Doná.
Fonte: Hojemais Araçatuba / Agência Trio Notícias.
