O aterro sanitário municipal de Birigui, localizado no estado de São Paulo, foi interditado nesta última quinta-feira (21) por técnicos da Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo) devido ao seu funcionamento em desacordo com as diretrizes técnicas operacionais da companhia. A interdição, segundo a assessoria de imprensa do órgão, é temporária, mas ressalta sérias preocupações sobre o gerenciamento dos resíduos sólidos domiciliares na região.
A Prefeitura de Birigui havia obtido a primeira Licença de Operação para o aterro em dezembro de 2003, e uma solicitação de Renovação da Licença foi apresentada no início de 2022. No entanto, essa solicitação recebeu Parecer Desfavorável da Companhia devido às condições inadequadas da operação do aterro, que vinham sendo observadas desde 2020.
A Cetesb informou que foram aplicadas quatro autuações ao empreendimento desde 2020, incluindo advertências, multas e até uma multa diária em maio deste ano. Além disso, em julho, os responsáveis receberam uma multa por funcionamento ilegal.
Entre as desconformidades ambientais apontadas pela Cetesb na última vistoria, destacam-se a disposição de lixo a céu aberto em local inadequado, a disposição inadequada no topo de células sem critério técnico, falta de sistema de drenagem das águas pluviais, presença de urubus e moscas, entre outras irregularidades.
Alguns vereadores do município, incluindo o representante de Pô Birigui no legislativo, vereador Fabiano Amadeu, já haviam alertado sobre a situação crítica do aterro, solicitando a implementação de medidas efetivas para resolver esse problema e não chegar onde chegou. No entanto, até o momento, nenhuma ação concreta foi efetivamente realizada.
A Prefeitura de Birigui ingressou com uma ação judicial buscando a reabertura do aterro sanitário, mas a questão crucial que permanece sem resposta é: onde será depositado o lixo gerado pela cidade? Estamos ansiosos aguardando esclarecimentos por parte da Prefeitura em relação a esta questão urgente.