O Ministério Público recomendou que a Prefeitura de Birigui exonere, no prazo de 30 dias, cinco servidores ocupando cargos comissionados, sob suspeita de nepotismo. Entre eles está o ex-prefeito Wilson Carlos Rodrigues Borini, atual secretário de Governo e pai da prefeita Samanta Borini (PSD).
A recomendação é resultado de um inquérito civil instaurado pela Promotoria de Justiça após o recebimento de uma denúncia anônima relatando supostas irregularidades nas nomeações. O município tem 10 dias para informar se acatará ou não a recomendação, além de um prazo de cinco dias para recorrer da instauração do inquérito.
Na recomendação, o Ministério Público também orienta que, caso haja exonerações, estas sejam tornadas públicas. Se a Prefeitura decidir manter os servidores nos cargos, uma ação civil pública poderá ser proposta pela Promotoria.
Posicionamento da Prefeitura
A reportagem procurou a Prefeitura de Birigui, que confirmou, por meio da assessoria de imprensa, ter recebido os documentos encaminhados pelo Ministério Público. Em nota, a administração municipal declarou:
“O Município reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o respeito às instituições, e adotará, caso necessário, as medidas administrativas e judiciais cabíveis, sempre em estrita observância aos princípios constitucionais que regem a Administração Pública.”
Nomeações questionadas
As nomeações em questão foram anunciadas no dia 2 de janeiro, no início da gestão de Samanta Borini. Além do ex-prefeito Borini, compõem a lista de indicados outros familiares da prefeita e do vice-prefeito Marcelo Parizati.
Rosinei Ulofo de Andrade Parizati, esposa do vice-prefeito, foi nomeada secretária-adjunta de Esportes e presidente do Fundo Social de Solidariedade. Já Fariza de Fátima Ferrer Mansour, atual companheira de Borini, assumiu o cargo de secretária-adjunta de Cultura e Turismo.
Na ocasião das nomeações, a Prefeitura afirmou que todos os atos foram realizados em conformidade com a legislação vigente e respeitando o princípio da moralidade administrativa.
Fonte: Hoje Mais