O vereador Luciano Perdigão (PSD), que é médico, apresentou um requerimento de informações sobre a fiscalização sanitária dos restaurantes em Araçatuba, incluindo os populares estabelecimentos de comida oriental. O requerimento foi aprovado durante a 7ª sessão ordinária do ano, realizada na última segunda-feira, 17. Agora, o documento será enviado ao prefeito Lucas Zanatta (PL), que terá um prazo de 15 dias para responder.
A iniciativa do vereador se deu após ele atender a jovem Bárbara Celloni no dia 6 de março, que pode ter sido vítima de botulismo, uma doença grave sem registros no estado de São Paulo. No Brasil, entre 2007 e 2014, foram registrados 114 casos e 35 óbitos relacionados à doença. “Gostaria de entender como é feita a fiscalização nos restaurantes para prevenir esse tipo de intoxicação alimentar, que pode parecer banal, mas é extremamente grave”, afirmou Perdigão.
No requerimento, o vereador listou cinco perguntas:
1. Quais órgãos são responsáveis pela fiscalização sanitária dos restaurantes em Araçatuba? Com que frequência essa fiscalização é realizada?
2. Quais são os principais critérios avaliados durante a fiscalização? Quais penalidades são aplicadas aos que não cumprem as normas?
3. Existe um canal de denúncias para que clientes possam relatar irregularidades sanitárias em restaurantes? Como essas denúncias são verificadas?
4. Os estabelecimentos recebem algum tipo de certificação ou selo de qualidade após serem aprovados na fiscalização?
5. Quantos casos de intoxicação alimentar foram notificados de janeiro de 2024 até agora? Houve algum óbito decorrente?
ÓBITO
A auxiliar de monitoramento Bárbara Celloni, de 25 anos, faleceu na última terça-feira, 11, após passar quatro dias internada na Santa Casa de Araçatuba. Ela começou a apresentar sintomas no dia 6 de março, um dia após consumir comida japonesa em um restaurante da cidade. Segundo seu pai, João Celloni, Bárbara estava em um grupo no restaurante, mas apenas ela ficou doente, apresentando sintomas como vômito, falta de ar, perda de força muscular e visão turva. Inicialmente, ela foi diagnosticada com crise de ansiedade em uma unidade básica de saúde, mas seu quadro se agravou, levando-a ao Pronto Socorro Municipal e, posteriormente, à Santa Casa, onde sofreu pelo menos vinte paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. O caso está sendo tratado como intoxicação alimentar com suspeita de botulismo. O hospital coletou amostras de sangue e enviou para análise em São Paulo, mas ainda não há previsão para a divulgação dos resultados.