A família de Isabella Helena Martins Reis, uma criança de 2 anos e 9 meses, está desesperadamente buscando acesso a terapias essenciais após o diagnóstico de autismo nível 3 de suporte. O caso, que demanda atendimento imediato, expõe as dificuldades enfrentadas por muitas famílias que lidam com transtornos do espectro autista.
Isabella, cujo quadro clínico inclui atraso de fala, déficit de comunicação não verbal e padrões repetitivos de comportamento, precisa urgentemente de terapias comportamentais na primeira infância para adquirir habilidades sociais e de comunicação. No entanto, a família enfrenta obstáculos burocráticos e uma fila de espera interminável para conseguir o tratamento necessário.
Segundo o laudo médico, Isabella tem o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) baseado no Manual de Diagnóstico de Saúde Mental (DSM-5), e sua condição exige intervenção intensiva e prolongada. A terapia baseada na ciência ABA (Análise Comportamental Aplicada ao Autismo), juntamente com acompanhamento de psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicopedagogos, é crucial para seu desenvolvimento.
No entanto, os obstáculos encontrados pela família são desanimadores. A espera por uma vaga na APAE se estende, enquanto no CEMADI, é exigido um encaminhamento da UBS para somente assim voltar a ser assistido pelo local e poder lutar por uma vaga no núcleo. Enquanto isso, Isabella segue sem acesso às terapias essenciais que poderiam melhorar sua qualidade de vida e desenvolvimento cognitivo.
A legislação brasileira prevê o direito de crianças com autismo a receberem atendimento especializado e adaptações na escola, conforme estabelecido na Lei Federal 12.764/12. No entanto, a realidade enfrentada por Isabella e sua família revela lacunas na implementação dessas políticas e na garantia efetiva desses direitos.
Diante desse cenário, a família de Isabella clama por uma resposta imediata das autoridades responsáveis e pela garantia do acesso irrestrito às terapias necessárias para o seu desenvolvimento. Enquanto isso, o tempo passa, e cada dia sem tratamento representa uma oportunidade perdida para o futuro de Isabella e de muitas outras crianças que enfrentam desafios semelhantes.