Após uma intensa batalha jurídica, Leandro Maffeis reassumiu o cargo de prefeito de Birigui (SP) e desfez rapidamente as decisões tomadas durante o breve mandato de André Fermino. Em uma série de atos que agitaram a cidade, Maffeis reestabeleceu a intervenção na Santa Casa, contradizendo as alegações de prejuízo financeiro de 9 milhões aos cofres públicos, e readmitiu os 16 comissionados anteriormente exonerados em uma tentativa de corte de despesas.
Embora Fermino tenha argumentado sobre os prejuízos financeiros e mencionado a cifra de 9 milhões como custo da intervenção e que a população não iria ficar desassistida, Maffeis defendeu a continuidade da intervenção como crucial para garantir serviços hospitalares no município, essenciais para a vida dos cidadãos, e estendendo-se a dez municípios vizinhos por meio de uma pactuação regional. O decreto de Maffeis também ressaltou a necessidade de implementar novas práticas visando à qualidade no atendimento à população.
Além disso, o prefeito reconduziu os 16 comissionados, incluindo figuras como a primeira-dama Silvana Caetano Gomes Leal Milani e o diretor de Controle de Epidemias e Endemias, Miguel Buzahr Neto, este último pai da namorada do filho de Maffeis. A reinclusão de parentes de membros da gestão de Maffeis no quadro administrativo levantou questionamentos sobre meritocracia nas nomeações municipais.
Entre os reinstaurados, destacam-se a secretária municipal de Saúde, Cassia Rita Santana Celestino, e a diretora de Trânsito, Glaisa Bonfim Rodrigues Gabas, irmã do ex-chefe de Gabinete de Maffeis, Glauco Bonfim Rodrigues.
Agora, a atenção se volta para a possível revogação do ato de doação do carro do executivo para a Secretaria Municipal de Saúde, o que poderá gerar novas polêmicas. O Pô Birigui permanecerá atento a todos os desdobramentos dessa situação.
