O Tribunal de Justiça de São Paulo emitiu uma medida protetiva para a ex-companheira do filho mais novo do presidente Lula (PT), Luis Cláudio Lula da Silva, após acusações de violência doméstica. A defesa de Luis Cláudio negou as acusações, classificando-as como “inverídicas” e “fantasiosas”.
Segundo a decisão do TJ-SP, Luis Cláudio está proibido de se aproximar a menos de 200 metros da mulher e foi ordenado a deixar a residência onde moravam juntos. Além disso, ele não pode contatá-la por telefone, redes sociais, ou frequentar seus locais de trabalho e estudo.
O relacionamento entre o filho do presidente e a autora das acusações durou dois anos, durante os quais ela relatou à polícia ter sofrido agressões físicas, xingamentos e uma cotovelada na barriga. A mulher também alegou ter sido exposta a infecções sexualmente transmissíveis, supostamente contraídas por Luis Cláudio após relações sexuais desprotegidas com outras pessoas.
A ex-companheira de Luis Cláudio afirmou que não registrou boletim de ocorrência antes devido a intimidações, citando uma suposta ameaça feita por ele, que teria dito: “Meu pai vai me proteger e [você] vai sair perdendo”.
O TJ-SP considerou a denúncia coerente e verossímil, concedendo as medidas de proteção até que haja atualizações do inquérito policial. Enquanto isso, a defesa de Luis Cláudio anunciou que tomará medidas legais contra as acusações, afirmando que as declarações da ex-companheira podem ser enquadradas como calúnia, injúria e difamação, além de buscar reparação por danos morais.
Em meio à repercussão do caso, a vítima pediu nas redes sociais que o presidente Lula e sua família não sejam responsabilizados pelas ações de Luis Cláudio, destacando que são pessoas distintas. Porém, a publicação foi rapidamente excluída.
A Delegacia de Defesa da Mulher está investigando o caso, que envolve acusações de violência doméstica, ameaça e outros crimes. Em nota, a SSP-SP informou que os agentes estão realizando diligências para esclarecer os fatos.