A investigação inicial conduzida pela Polícia Civil de Birigui, no interior de São Paulo, sugere que os ferimentos que levaram à morte de Elias Gonçalves do Nascimento Júnior, 33 anos, não teriam sido resultado de espancamento, como inicialmente suspeitado. Nascimento Júnior veio a óbito na última segunda-feira (26) na Santa Casa de Araçatuba.
O caso foi levado à atenção das autoridades após Nascimento Júnior ser admitido no pronto-socorro de Birigui, inconsciente e com lesões pelo corpo e na cabeça, no domingo (25), após ter sido levado por uma ambulância da Prefeitura. Seu pai registrou o boletim de ocorrência comunicando o óbito na segunda-feira, informando que o filho era usuário de drogas e álcool e frequentemente passava longos períodos nas ruas, retornando esporadicamente para casa.
Segundo relatos, o jovem teve crises convulsivas em dois momentos no domingo, mas não teria sido vítima de agressão física por terceiros, conforme depoimentos de membros da equipe de enfermagem do pronto-socorro de Birigui.
Os registros apontam que a primeira intervenção médica ocorreu por volta das 6h20, quando Nascimento Júnior foi encontrado consciente, porém com dificuldades de locomoção e sinais de embriaguez. Ele recusou atendimento naquele momento. Mais tarde, por volta das 10h50, foi acionada novamente a ambulância devido a uma crise convulsiva.
No período da tarde, ele foi encontrado inconsciente e com ferimentos leves após ser socorrido por outra equipe da Prefeitura. Testemunhas indicaram que ele estava alcoolizado e apresentava uma escoriação na mão direita e um corte superficial na parte de trás da cabeça.
O delegado Eduardo Lima de Paula, responsável pela Delegacia de Birigui, afirmou que os indícios sugerem que as lesões não foram provocadas por ação criminosa, mas possivelmente por uma queda. O inquérito continuará com diligências adicionais e a emissão do laudo necroscópico pelo Instituto Médico Legal para determinar a causa da morte.