A Polícia Civil de Birigui realizou nesta quarta-feira a reconstituição dos assassinatos brutais de Jimmy Pereira da Silva, 21 anos, e Caroline Batista Froes, 22, ocorridos na manhã de 23 de novembro. Os corpos das vítimas foram encontrados enrolados em um cobertor, com cortes no pescoço, em uma edícula no bairro Parque das Nações.

O casal acusado da autoria dos crimes, que estava preso, teve a participação destacada na reconstituição. As equipes, chefiadas pelo delegado Eduardo Lima de Paula, conduziram os trabalhos com a presença do advogado André Doná, que representa a mulher investigada. O trânsito na região foi interditado pela Guarda Municipal para a realização da diligência.
Enquanto aguardava a reconstituição, a reportagem conversou com familiares da investigada, incluindo o pai, mãe e uma irmã dela. Eles afirmaram que o casal acusado estava junto há oito meses e morava na edícula nos fundos da casa do pai da mulher há dois meses. A família defendeu que a investigada não teve participação nos assassinatos.
Durante a reconstituição, a mulher foi a primeira a ser convocada, entrando no imóvel às 9h18. O investigado, por sua vez, proferiu algumas palavras em direção à então companheira enquanto era conduzido pelos policiais. Após a conclusão dos procedimentos, o homem foi levado de volta para a Cadeia de Penápolis, onde está preso temporariamente, enquanto a mulher foi retornada ao local dos crimes.
O delegado responsável pelo inquérito, Eduardo Lima de Paula, explicou que a reconstituição é uma diligência importante para confrontar as versões dos dois presos. A investigação aguarda a emissão de laudos, e a conclusão do caso, com pedidos de prisão preventiva, está próxima.
Segundo a autoridade policial, o investigado tenta afirmar que agiu sozinho nos assassinatos, negando a participação da então companheira. Esta última se apresentou espontaneamente na presença do advogado, após retornar do Paraguai, para onde o casal havia fugido após os crimes.
O advogado André Doná reforçou a defesa da investigada, afirmando que ela não teve participação no duplo homicídio. Doná espera que a reconstituição corrobore com o depoimento da cliente na delegacia, contribuindo para sua liberdade provisória, pois, segundo ele, ela é “mais uma vítima” nos eventos.
O caso teve grande repercussão e o acusado foi preso no Paraguai dias após os assassinatos. Em depoimento, ele manteve a versão apresentada pela então companheira, alegando que o casal conhecia uma das vítimas e que os eventos trágicos ocorreram durante uma noite regada a drogas e álcool. A investigação segue em andamento aguardando a conclusão dos laudos e a formalização dos pedidos de prisão preventiva.



Fotos: Lázaro Jr.
Fonte: Agência Trio Notícias / Hojemais – Araçatuba