A Promotoria de Justiça de Birigui está investigando a crise na distribuição de água que afeta a cidade desde a última sexta-feira, quando ocorreu a queima da bomba do poço profundo Nove de Julho. O pedido de informações foi motivado por dez representações apresentadas por moradores de um condomínio de apartamentos que enfrentaram problemas de abastecimento de água.
O Departamento Jurídico desse condomínio tomou medidas legais, ingressando com uma ação judicial contra a Prefeitura. Entre as demandas, destaca-se a solicitação de reembolso dos valores gastos para suprir a falta de água nos reservatórios do condomínio. O condomínio alega que apesar das promessas da Prefeitura de que não haveria falta de água para unidades com reservatórios, eles ficaram completamente desabastecidos já na sexta-feira.
O condomínio, composto por 31 blocos e aproximadamente 1.500 moradores, manteve contato constante com as autoridades municipais, que prometeram normalizar o fornecimento de água a partir de sábado. No entanto, até segunda-feira, quando a ação foi proposta, o abastecimento de água não havia sido restabelecido, exceto por pequenos lapsos de baixa pressão.
Para suprir a escassez de água, a Prefeitura enviou um caminhão-pipa ao condomínio, disponibilizando 10.000 litros de água no sábado e mais 20.000 litros no domingo. No entanto, esse volume se mostrou insuficiente para abastecer os reservatórios do condomínio, que somam 204.930 litros, especialmente nas unidades dos andares superiores.
A situação delicada levou o condomínio a solicitar à Prefeitura o restabelecimento imediato do fornecimento de água, mesmo que seja por meio de caminhões-pipa. O Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Rodrigo Mazzilli Marcondes, concedeu um prazo de 24 horas para a Prefeitura responder ao ofício.
Além disso, há múltiplas representações de moradores do mesmo condomínio em análise pelo Ministério Público, indicando uma preocupação crescente em relação à crise hídrica na região. Um despacho do juiz da 2ª Vara Cível, Lucas Gajardoni Fernandes, emitido na segunda-feira, determinou que a Prefeitura providenciasse o abastecimento de água do condomínio em 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00, limitada a 10 dias.
A cidade de Birigui enfrenta uma séria crise na distribuição de água, e os moradores afetados buscam soluções imediatas para garantir o acesso ao fornecimento regular de água. A Promotoria de Justiça e o Poder Judiciário estão atentos ao caso, buscando as melhores medidas para resolver essa situação crítica. Nós do Pô Birigui estamos acompanhando esta situação e através do nosso representante no legislativo biriguiense, vereador Fabiano Amadeu, cobrando investimentos por parte do poder público municipal para que resolva esta situação o quanto antes.
Fonte: Hojemais – Araçatuba.