A Polícia Civil de Birigui (SP) efetuou nesta terça-feira (11) a prisão de uma mulher de 45 anos, conhecida por ser uma grande “influencer digital”, sob acusação de manter um laboratório clandestino de cosméticos e comercializar os produtos ilegalmente pela internet. A ação foi desencadeada após a Polícia Civil receber denúncias sobre a fabricação irregular de cosméticos, perfumes e xampus em um edifício situado na rua Barão do Rio Branco, no centro da cidade.
Durante a operação, os policiais encontraram uma considerável quantidade de produtos e materiais utilizados na fabricação, bem como embalagens para fracionamento. A investigada fazia uso das redes sociais, em especial do Instagram, para promover a produção e a venda dos produtos. Com mais de 500 mil seguidores em seu perfil, ela comercializava os cosméticos sem observar as normas técnicas municipais e federais, além de não possuir licença sanitária ou autorização da Anvisa.
Durante a busca realizada nas instalações, foram encontrados frascos de vidro, insumos farmacêuticos, produtos prontos para a venda e materiais de envio por correspondência. Adicionalmente, a Vigilância Sanitária foi acionada e constatou as irregularidades, aplicando uma multa e impondo uma penalidade. O estabelecimento foi interditado e selado, passando por perícia realizada pelo Instituto de Criminalística. Foram coletadas amostras dos produtos para análise.
No depoimento, a investigada afirmou ter enfrentado uma redução em seus ganhos como influencer digital, o que a levou a utilizar seus conhecimentos em “aromaterapia” para criar cosméticos artesanais. Ela admitiu não ter regularizado suas atividades junto aos órgãos de controle e fiscalização, embora tivesse a intenção de realizar as vendas por meio de uma plataforma de e-commerce. A acusada alegou desconhecer a necessidade de regularização junto aos órgãos municipais e federais para a venda desses produtos, pois havia passado muitos anos no Japão e retornado recentemente ao Brasil.
A mulher afirmou estar em busca de regularizar uma loja para revender os cosméticos com sua própria marca. A fabricação desses produtos estava sendo terceirizada por uma empresa de Curitiba (PR), que cumpria as exigências legais e apenas incluía o nome e a marca nos rótulos dos produtos. No entanto, ela foi presa em flagrante pelo crime de comercialização de produtos clandestinos, conforme estabelecido no artigo 273 do Código Penal.


É fundamental ressaltar que a comercialização de cosméticos sem registro e fabricados de forma clandestina apresenta riscos à saúde dos consumidores, pois não há garantia de qualidade e segurança dos produtos. A Polícia Civil continuará investigando o caso a fim de identificar possíveis complicações resultantes do uso desses cosméticos e responsabilizar os envolvidos de acordo com a legislação em vigor.
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