A população de Birigui enfrenta sérios problemas de atendimento médico devido à interrupção parcial dos serviços nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município. Após o término do contrato de gestão da Estratégia Saúde da Família (ESF), a secretária municipal de Saúde, Cássia Rita Santana Celestino, anunciou que foi traçada uma estratégia para atender as demandas durante o processo de transição, a fim de garantir que todos continuem sendo atendidos. No entanto, uma visita realizada pelo mandato dos vereadores Fabiano Amadeu, Wagner Mastelaro, Cabo Wesley, André Fermino e Tody da Unidiesel na UBS 1 localizada no bairro Cidade Jardim, constatou que todas as consultas eletivas agendadas até o final de junho foram adiadas, sem previsão de remarcação.
O principal motivo para essa situação preocupante é a falta de médicos e profissionais de saúde nas UBSs de Birigui, especialmente durante o processo de transição da gestão das unidades. Recentemente, a Prefeitura divulgou o resultado do chamamento público para a contratação de uma nova entidade gestora da ESF, sendo selecionada a Organização Mãos Amigas, enquanto a Associação de Benemerência Senhor Bom Jesus foi desclassificada devido à proposta financeira acima do valor estabelecido no edital.

Durante o período de transição, a administração municipal reassumiu temporariamente a gestão das UBSs com seus próprios profissionais, mas a falta de médicos e funcionários levou as unidades a ficarem sobrecarregadas, sendo capazes apenas de realizar a troca de receitas e atender casos prioritários. Essa situação deixa a população em uma condição alarmante, sem acesso adequado aos serviços de saúde, expondo-os a riscos e prejudicando a qualidade de vida dos moradores de Birigui.
Diante dessa realidade crítica, é urgente que a Prefeitura de Birigui tome medidas imediatas para solucionar o déficit de profissionais de saúde e garantir o atendimento adequado à população. Além disso, é essencial que haja transparência e agilidade no processo de transição da gestão da ESF, a fim de evitar interrupções nos serviços essenciais à comunidade. A saúde dos cidadãos não pode ser negligenciada, e é responsabilidade do poder público assegurar o acesso universal e de qualidade aos serviços de saúde, independentemente de contratos e mudanças administrativas.